terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vídeo gera uma nova onda de protestos no Egito

Vídeo gera uma nova onda de protestos no Egito




Um vídeo publicado no YouTube, em que 25 soldados egípcios espancam o cristão copta Raef After Faheem, provocou um protesto de milhares de cristãos coptas no domingo, 9 de outubro.
“Gostaria de deixar claro que milhões de cristãos egípcios vão sair às ruas por todo o Egito – de todas as cidades – para protestarem contra os líderes do Exército, ao permitir este vídeo”, declararam testemunhas no dia anterior aos protestos.
Ele continua: “Um grupo de muçulmanos extremistas e o movimento Salafi estão ameaçando os cristãos, dizendo que não temos quaisquer direitos no país. Nós não sabemos o que pode acontecer amanhã, mas decidimos sair e usar nossas vozes contra a perseguição”.
Militares dispararam contra os manifestantes quando o protesto começou e vídeos postados na internet revelam o grau da violência utilizada pelas forças do governo, como, por exemplo, quando os soldados avançam contra a população com seus veículos militares.
De acordo informações, militares egípcios atacaram o hospital onde os cristãos feridos estavam sendo tratados e até tentaram matar funcionários do hospital, para ter acesso aos fiéis. Agências internacionais de notícias informam que pelo menos 24 pessoas foram mortas.
A violência começou depois que extremistas muçulmanos atacaram uma igreja cristã, recentemente reconstruída em Sohag, perto do Cairo. O governador de Sohag, protegendo os atacantes da igreja, disse: “Se os muçulmanos não destruíssem a igreja naquele dia, eu mesmo iria destruí-la.”
Chocados com o comentário do governador, os cristãos fizeram uma manifestação em um prédio de TV e rádio, e o exército egípcio respondeu às manifestações. Informantes disseram: “Era muito raro ver os militares espancando cristãos. Essa situação é realmente inacreditável.”
“Estamos à espera da misericórdia do Senhor, especialmente para as famílias que perderam algum ente querido. Por favor, pedimos às nações de todo o mundo que continuem orando por nós”.